O conspícuo jornal de referencia " Diário de Noticias", ao dar a noticia de um acidente de aviação em Angola, titulava, mais ou menos assim: morreram tres notáveis gestores em Angola.Não saberá o " notável" jornalista que engendrou aqule título que deve fugir da adjectivação em jornalismo, sobretudo em títulos, como se diz que o diabo foge da cruz. A primeira missão do jornalista que se preza é separar o facto do comentário e adjectivar é comentar. Claro que isto nada tem a ver com a personalidade dos malogrados gestores, mas naquele desastre morreram mais pessoas.Perante a forma como a notícia foi dada, o leitor pode perguntar-se: seriam todos os outros umas bestas?
Tambem a propósito daquele charivari do BCP,em que não sabemos que mais admirar se a incompetencia dos autores da golpada (ponham os olhos na habilidade daquele rapaz que , em França, fanou cinco mil milhões de euros à Societé Generale), se a facilidade com que os nossos luminares admitem que são incapazes de cumprir a missão que aceitaram, juraram prosseguir e pela qual são principescamente pagos ( o governador do Banco de portugal ganha mais que o presidente da Reserva Federal americana,mas este era um mouro de trabalho útil,pois safou os USA de diversas crises e recessões; o nosso confessadamente não faz nada), os nossos conspícuos jornalistas,sejam da TV,dos jornais, da Rádio ou de qualquer novo media nunca se lhe (ao BCP) referem sem acrescentarem "o maior banco privado português".Qualquer dia transformam a locução numa palavra só. BCPomaiorbancoprivadoportuguês.E depois dizem que querem ser "independentes", quando já não têm é vergonha de serem, por acto próprio tão dependentes´porque também não acredito que os obriguem a escrever assim.
Admnistradores do BCP manipularam, ainda por cima de forma canhestra, o valor das acções próprias e provávelmente tiraram disso beneficios privados, mas paralelamente obrigaram funcionários e clientes a adquirir acções a preços altos, que agora não valem um caco, infringindo as mais elementares regras da concorrencia.Mas continua a ser "omaior banco privado portugês".
Já agora um aviso: o que os autores da façanha vão querer é que tanto o BP como a CMVM diluam as suas malfeitorias numas contra-ordenaçõeszinhas, quando aquilo são crimes com expectativa de, pelo menos 10 anos de prisão firme. Por favor não vão nisso, para não parecerem parvos
Já que falamos de notícias, vamos lá para outra que também tem contornos estranhos: foi recentemente noticiado que um banco pequenito( o BPN,se me não engano)foi vitima de extorsão. Um antigo empregado, um advogado e mais uns comparsas tendo-se apoderado de alguns documentos comprometedores para o banco, tentaram, em troca deles extorquir ao banco dois milhões e meio de euros.
Apanhados, foram todos presos e muito bem, nunca a mão doa à nossa polícia para estas coisas.Mas, pergunta-se o cidadão comum, e os tais documentos comprometedores para o banco, não darão tambem direito a um processo crime contra o banco e seus admnistradores.Um jornal,provávelmente distrído avançava que se trataria de lavagens de dinheiro. Mas que dinheiro: de droga, de terrorismo? Enfim, coisas de somenos,que nos não devem preocupar.Estará o BP novamente distraído e não terá lá um funcionário corta e cola que faça "dossiers" sobre malfeitorias denunciadas ou afloradas nos jornais, de modo que o banco possa actuar contra os seus tutelados que pisem o risco.Ou as denuncias que o fazem mover são apenas as dirigidas ao seu governador em papel A-4, hoje não selado, mas com assinatura reconhecida por notário.
A. R.
Thursday, January 24, 2008
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